O exame clínico é parte indispensável do diagnóstico das principais doenças vasculares, podendo orientar as etapas seguintes de tratamento e os exames complementares até a obtenção dos resultados finais.
Muitos pacientes procuram orientação médica em busca de respostas para alguns sintomas aparentes, dores frequentes e queixas diversas de insuficiência arterial.
As doenças vasculares constituem uma das poucas áreas da medicina nas quais, a partir das condições do exame, do quadro clínico e da história do paciente, é possível elaborar um diagnóstico rápido e preciso. Dados apontam que mais de 90% dos casos de doenças vasculares periféricas são possíveis de serem diagnosticadas clinicamente.
Na maioria dos casos, quanto mais cedo constatadas, maiores as chances de cura e tratamento das doenças. É o caso, por exemplo, da doença arterial oclusiva, responsável pela maior procura da consulta médica, na qual o exame físico e o histórico do paciente podem resultar em um diagnóstico seguro.
Um exame vascular geral, que sirva de indicador para o eventual grau de comprometimento arterial, pode ser obtido a partir da medida da pressão arterial, da avaliação de alguns fatores de risco - como o tabagismo e queixas de insuficiência arterial - e da dosagem do colesterol total.
Os exames mais específicos subdividem as doenças em três categorias:doenças arteriais, doenças venosas e doenças linfáticas.
A vida sedentária e o alto índice de estresse da população dos grandes centros urbanos são características cada vez mais presentes no estilo de vida do homem contemporâneo.
Grande parte das doenças geradas pela obesidade, pelo tabagismo, pelo colesterol, pelo triglicérides, pela diabete e pelo aumento da pressão arterial - como acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos e insuficiência vascular - são decorrentes da aterosclerose. Outros fatores de risco são a hereditariedade e a idade avançada.
Dados da Associação Brasileira de Medicina Complementar apontam a doença como a responsável pelo maior índice de mortalidade das grandes áreas urbanas dos países ocidentais. Além disso, ela ainda representa a causa das principais doenças e complicações cardiovasculares que, no Brasil, interna cerca de 1 milhão de pessoas por ano.
A aterosclerose é uma doença degenerativa crônica das artérias de grande e médio diâmetro, caracterizada pela obstrução dos vasos responsáveis por levar o sangue até os tecidos.
O acúmulo de gordura nas paredes arteriais, principalmente o colesterol, pode provocar o entupimento (trombose) ou a dilatação (aneurisma) dos vasos, causando danos muitas vezes fatais aos principais órgãos do corpo.
Os sintomas provocados pela aterosclerose dependem do local de desenvolvimento da doença, o que muitas vezes não é percebido até a obstrução súbita ou o estreitamento de uma artéria.
Os problemas podem ter reflexo no cérebro, coração ou nas demaisregiões do corpo. Quando isso ocorre nos membros inferiores, o doente pode sentir dor nas pernas ao caminhar e eventuais lesões nos dedos e pés.
Provavelmente se você é mulher já ouviu falar de varizes e microvarizes (os conhecidos “vasinhos” que aparecem nas pernas em pequenas ou grandes quantidades), certo? É que a maioria dos portadores dessa doença são mesmo os indivíduos do sexo feminino, principalmente devido a problemas relacionados aos fatores hormonais.
As varizes são veias tortuosas e dilatadas que surgem nas pernas, comprometendo a circulação sanguínea em um nível superficial e impedindo o transporte adequado do sangue que retorna ao coração. Dependendo do caso, elas podem apresentar comprimentos e diâmetros distintos (podendo variar de milímetros até mais de um centímetro).
A procura pela consulta médica pode ser feita tanto nos casos mais simples, relacionados a alterações estéticas (como o aparecimento de pequenas veias de coloração azul escuro), quanto nos casos mais graves, de dilatação das veias acompanhada de inflamação nos pés e tornozelos e sensação de peso nas pernas que piora ao longo do dia.
Nos casos mais graves, caso exista demora na procura pelo diagnóstico e tratamento da doença, as varizes podem causar complicações, formando coágulos, manchas escuras, cicatrizes, deformidades e feridas nas pernas.
É improvável que exista uma causa específica e exata para o surgimento das varizes. Porém, alguns fatores podem contribuir significativamente para o seu surgimento, sendo o principal deles os fatores genéticos e hereditários. Outros desencadeantes são a idade (70% dos casos ocorrem em indivíduos acima de 70 anos), o sexo (maior frequência nas mulheres), o uso de anticoncepcionais e outros hormônios, a gravidez, o tabagismo, o sedentarismo e o excesso de peso.
Cerca de 30% da população geral apresenta algum grau de varizes e a cada cinco indivíduos, pelo menos um deles sofre dessa mesma doença. São dados resultantes das pesquisas da Organização Mundial de Saúde, a OMS. Outros estudos realizados na área médica observaram que a freqüência de varizes nos indivíduos do sexo feminino é quatro vezes maior que nos do sexo masculino e a probabilidade de seu surgimento aumenta proporcionalmente à idade.
As varizes interferem prejudicialmente na saúde física e estética e devido à sua grande incidência é fundamental pensarmos nas ações e medidas preventivas que possam evitar o seu aparecimento e no esclarecimento sobre os tratamentos adequados quando elas já estiverem presentes.
Para as mulheres, as pílulas anticoncepcionais, a gravidez e as terapias de reposição hormonal são consideradas os maiores fatores de risco. No entanto, mesmo estando em desvantagem em relação às estatísticas, as mulheres ganham a vaidade como um aliado positivo para estagnar o quadro evolutivo da doença. Em contrapartida, muitos homens tratam o problema com descaso e tornam os casos de varizes ainda mais graves. No caso deles, as causas mais comuns são o sedentarismo e a postura no trabalho (longos períodos em pé ou sentado).
Os principais sintomas das varizes são edemas no tornozelo, como manchas ou dilatação das veias, dor na sola dos pés e sensação de desconforto, peso, queimação ou falta de firmeza nas pernas. A prática de exercícios físicos, principalmente a caminhada, ciclismo, hidroginástica e a natação, é altamente recomendada na ativação da musculatura e na prevenção da sobrecarga do sistema vascular.
A Trombose venosa profunda (TVP) ou apenas trombose é o resultado da formação ou desenvolvimento de coágulos sangüíneos (trombos), principalmente nas veias dos membros inferiores, causando sua obstrução total ou parcial e podendo impedir a circulação do sangue.
É uma doença grave de difícil diagnóstico e com grandes riscos de complicações futuras, já que cerca de 70% dos casos evoluem silenciosamente. É também considerada a terceira doença mais comum do aparelho cardiovascular e acomete aproximadamente 1,5% dos indivíduos adultos.
Em quase 90% dos casos, as veias mais atingidas são as da perna e os sintomas mais comuns são dor intensa, inchaço, vermelhidão e endurecimento muscular. Também pode haver a formação de feridas ou nódulos nas varizes. No entanto, uma das complicações mais sérias e temidas da TVP é a embolia pulmonar, causada pelo desprendimento do coágulo até o pulmão e obstrução da artéria.
Estima-se que 40% dos pacientes internados para cirurgias de porte médio e grande acabam desenvolvendo a trombose, já que a doença geralmente resulta da imobilização do paciente durante a recuperação da pós-cirurgia. As chances de formação de coágulos aumentam quando os movimentos são restritos, pois a circulação, nesses casos, é dificultada.
Fora dos hospitais, os maiores fatores de risco são a obesidade, a idade acima de 40 anos, a ocorrência prévia de trombose, varizes, câncer, uso de repositor hormonal ou anticoncepcional e doenças genéticas do sistema de coagulação sangüínea.A obesidade é um dos fatores de risco das principais doenças vasculares e está diretamente associada às facilidades tecnológicas e ao sedentarismo da vida moderna.
Essa doença crônica aumenta em 49% o risco do segundo enfarte do miocárdio nos obesos, chegando a 80% nos casos de obesidade mórbida.
Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002-2003),realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, constataram um aumento progressivo da obesidade nas últimas três décadas. O país possui hoje cerca de 38,6 milhões de pessoas acima do peso recomendado, o que corresponde a 10,5 milhões de obesos na população adulta.
Na última década, a obesidade passou a ser considerada uma doença crônica pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ela, “a obesidade é uma doença crônica e complexa. É uma enfermidade multifatorial, influenciada por fatores genéticos, enzimáticos, endócrinos, familiares, dietéticos e psicológicos, que apresenta graves dimensões sociais e afeta praticamente todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos”.
Os dados apontam para uma epidemia global da obesidade e as conseqüências dessa doença para os indivíduos é o aumento da freqüência de outras graves doenças, como hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca, altos níveis de gordura no sangue, diabetes melito, infarto do miocárdio, derrames, dentre outras.
A obesidade deve ser prevenida através de dieta alimentarequilibrada, atividade física regular e modo de vida saudável.
A escleroterapia, popularmente conhecida como a técnica da secagem de veias, é uma das terapias mais procuradas pelas mulheres nos consultórios médicos especializados e, ainda hoje, pode ser considerado o método químico mais eficiente no tratamento estético das microvarizes.
A técnica consiste na aplicação local precisa, através de injeções, de substâncias químicas que levam à destruição das veias, normalmente ramificadas e de coloração variada do azul ao vermelho.
O tratamento é simples, mas não garante a solução permanente do problema, já que as microvarizes são caracterizadas como uma doença progressiva.
É importante garantir que as aplicações sejam feitas por especialistas, evitando eventuais complicações, como reações alérgicas, formação de manchas ou pequenas úlceras.
A escleroterapia pode ser realizada em qualquer época do ano, não havendo necessidade de repouso ou interrupção das atividades cotidianas. É aconselhável não tomar sol no local das aplicações nos dias seguintes.
Apesar de ser uma técnica popular, já utilizada há bastante tempo, o procedimento não é oferecido pelo serviço público de saúde, principalmente por associar-se diretamente à solução de um problema estético.
Portanto, é oferecida e realizada em consultórios particulares sem necessidade de uso de anestesia. O número de sessões não é fixo e dependerá da quantidade de pequenos vasos da paciente.
Seu nome popular é derrame cerebral. Acontece inesperadamente na maioria dos casos, o que justifica o primeiro substantivo de sua nomenclatura. O AVC (Acidente Vascular Cerebral) pode ser caracterizado como uma lesão em uma das artérias que irrigam o cérebro, danificando a região e possíveis funções do organismo coordenadas por ela.
O Acidente Vascular Cerebral pode pertencer ao grupo do AVC isquêmico, quando o entupimento dos vasos causa a impossibilidade de circulação sangüínea, ou do AVC hemorrágico, quando alguma artéria se rompe, formando coágulo prejudicial ao tecido cerebral. Os sintomas podem variar dependendo da região cerebral afetada, causando desde perda de movimentos corporais até alterações cognitivas. Além disso, podem aparecer, regredir ou desaparecer abruptamente, muitas vezes deixando seqüelas.
Os fatores mais comuns que aumentam as chances de ocorrência de um AVC são a hipertensão arterial, doenças cardíacas, taxas altas de gorduras (colesterol e triglicérides), diabetes, distúrbios de coagulação, entre outras. Tratamentos e reabilitação dependerão muito do comprometimento neurológico sofrido por cada paciente.
O cuidado no tratamento dos fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral ainda parece ser a forma mais efetiva de prevenção. Atenção maior deve ser dada aos problemas de hipertensão, colesterol elevado, diabete melito e problemas cardíacos. Obesidade, fumo e sedentarismo também são complicadores potenciais.
Cirurgia vascular é uma área especializada no diagnóstico e no tratamento cirúrgico das doenças vasculares periféricas, tanto das artérias, quanto das veias e vasos linfáticos. Atua junto à Angiologia, especialidade médica responsável pelo estudo clínico das doenças vasculares.
Somente em 2005, após extensas discussões com as sociedades de especialidades médicas brasileiras, as abordagens clínica e cirúrgicaforam dissociadas, passando a pertencerem a especialidades distintas.
Dentre as doenças mais comuns, passíveis de tratamento cirúrgico, estão as oclusões arteriais (obstrução das artérias periféricas por trombos ou coágulos sangüíneos), aneurismas, varizes dos membros inferiores, tratamento do pé diabético, úlcera nos membros inferiores e tratamento de traumas vasculares.
Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos em ultra-sonografia vascular e angiorradiologia, além da hemodiálise e da quimioterapia, também podem fazer parte das atividades do cirurgião vascular.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente por derrame, é provocado por um distúrbio na circulação sangüínea no cérebro. Isto acarreta em um déficit (diminuição das funções) neurológico que pode persistir por até 24h. Quando este déficit dura mais do que isso, ele, na maioria dos casos, provoca danos irreversíveis.
Existem dois tipos de AVCs, o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é caracterizado por uma interrupção do fluxo sangüíneo em uma região específica do cérebro causando problemas somente nela. Já o segundo, provoca outras conseqüências como o aumento da pressão craniana(devido a maior quantidade de sangue no crânio) e edemas (inchaços) cerebrais, com conseqüências não somente em regiões específicas.
Os sintomas são vários, dependendo do tipo de AVC que a pessoa sofrer. Uma fraqueza aguda, dormência ou perda sensitiva em alguns dos membros, ou na face, é sinal de uma isquemia em uma região ou hemisfério do cérebro. Também é característica deste tipo de acidente a perda da fala, ou o falar com dificuldades, como a afasia. Quando o acidente é hemorrágico, além dos sintomas acima ocorrerem mais rápidos e agudos, podem ocorrer convulsões que levam o paciente ao coma.
Existem vários fatores de risco, que induzem à doença. O tabagismo, hipertensão, doença cardíaca, a diabete, a fibrilação atrial e qualquer outro mal que facilite a formação de coágulos no sangue.
A angiologia é uma especialidade médica que estuda o coração, os vasos sangüíneos (veias e artérias) e linfáticos. A cirurgia vascular é sua irmã, já que até 2005, no Brasil, as duas especialidades eram uma só, “Angiologia e Cirurgia Vascular”. A cirurgia vascular lida com os procedimentos cirúrgicos da área.
A atuação de um angiologista é bastante ampla, conheça os principais males que ele pode tratar:
Aneurismas: é uma dilatação arterial que pode ocorrer em qualquer lugar do corpo. Seu maior risco é o rompimento ou a formação de uma Trombose. Em ambos os casos há risco de isquemia (interrupção no fluxo sangüíneo para alguma área específica do corpo). O local mais grave em que pode ocorrer o aneurisma é no cérebro. O Aneurisma Cerebral, pode provocar desde dores de cabeça até AVCs (Acidente Vascular Cerebral ou derrame).
Arteriosclerose: é um endurecimento e espessamento das artérias. É mais comum em homens de idade mais avançada. Seu risco é a elevação da pressão sangüínea.
Cirurgia Endovascular: é uma sub-especialidade da cirurgia vascularutilizada no tratamento de doenças no sistema circulatório, usando cateteres e guias monitorados por computador.
Insuficiência Vascular Cerebral: são os problemas circulatórios no cérebro, os maiores causadores dos AVCs, Acidente Vascular Cerebral.
Traumas Vasculares: é a destruição de partes do sistema circulatório, que normalmente ocorre, por exemplo, em acidentes de carro. Muitos casos exigem cirurgia para a reconstrução do tecido.
Trombose: é uma doença que provoca a formação de trombos, mais conhecidos por coágulos, no interior de vasos sanguíneos profundos na perna. Um dos seus maiores riscos é a embolia pulmonar, que ocorre quando um pedaço do trombo é solto e levado pela circulação até o pulmão.
Varizes: são veias superficiais anormais, dilatadas. Sua maior ocorrência é nas mulheres. As principais conseqüências delas são dores, inchaço, além do trauma psicológico.
Aterosclerose é uma doença do sistema vascular que causa a formação de ateromas nos vasos sangüíneos (veias e artérias) de uma pessoa. Os ateromas são placas que aderem à parede deles, formadas por lipídios (gordura) e tecido fibroso (nervos e tendões).
As conseqüências mais graves deste mal são as obstruções na circulação do sangue que elas podem ocasionar, devido ao tamanho dos ateromas. Quando esta má circulação ocorre nas artérias que irrigam o coração, ocorre o infarto que pode ser fatal. Se o bloqueio ocorrer no cérebro, o paciente pode sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral), conhecido popularmente por derrame, que em muitos casos é também letal ou, conduz a eventuais seqüelas (como perdas de movimento em membros, dependendo da região do cérebro afetada).
O surgimento da doença ocorre devido ao acúmulo das lipoproteínas de baixa densidade (LDL, sigla em inglês), que são absorvidas pelas células da parede do vaso sangüíneo. Por isso, cardiologistas exaltam a importância do monitoramento dos níveis de colesterol LDL, as gorduras de baixa densidade, facilmente acumuladas nas paredes vasculares.
Com o crescimento destas placas, o organismo as envolve e temos a formação do tecido fibroso, que impede a circulação do sangue. Outras conseqüências deste mal são tromboses, úlceras e necrose (morte) das células do local.
As doenças cardíacas são responsáveis por quase um terço das mortes no mundo e, na vasta maioria dos casos, os pacientes apresentam uma evolução no quadro de aterosclerose. Portanto, isto ressalta a importância do constante monitoramento nos níveis de colesterol LDL através de consultas freqüentes a cardiologistas e a observação de uma dieta alimentar com baixos níveis de gordura.
Segundo estudos do NIH (Instituto Nacional de Saúde dos EUA, sigla em inglês), as estimativas de presença de veias varicosas (varizes) giram em torno de 10 a 20% da população americana. Não existem números sobre o número de pacientes com este quadro no Brasil, mas informalmente, angiologistas admitem números semelhantes.
As varizes de membros inferiores são tecnicamente veias que apresentam uma dilatação permanente, o que caracteriza a doença como crônica. Os pacientes com este mal comumente reclamam de dores e cansaço e sofrem com inchaço no final do dia.
O avanço da doença leva, em casos mais graves, a coceiras e escurecimento da pele, que ocorre devido às dificuldades do sangue em retornar ao coração, os membros inferiores sofrem acúmulo de substâncias como o ferro. As conseqüências mais sérias são as flebites, inflamação da veia pela formação de coágulos, as feridas, chamadas de úlceras de perna e a trombose.
Existe um fator hereditário para a formação de varizes. Entretanto, segundo os médicos, elas surgem associadas à diversos outros motivos, como ficar em pé ou sentado durante muito tempo durante o dia, ganho de peso, gravidez, uso contínuo de saltos altos.
A principal medida preventiva é a prática de esportes que não sobrecarreguem as pernas, por exemplo, caminhadas, natação, hidroginástica, uso de meia ou faixa elástica etc. Para o tratamento da doença, o primeiro passo é a visita a um médico, pois cada de varizes nos membros infeirores é único, que pode variar desde o uso de meias elásticas até a cirurgias, em casos mais graves.
As varizes surgem quando as veias, principalmente das pernas, dilatam-se e tornam-se tortuosas. Isto ocasiona a contenção do fluxo sangüíneo, atrapalhando a função básica das veias: conduzir o sangue de volta ao coração. Além de antiestéticas, as varizes são uma doença, que pode levar à complicações.
Embora elas possam aparecer em qualquer parte do corpo, como na região testicular, no ânus e baixo ventre, a grande maioria dos casos é nas pernas. As mulheres representam o maior grupo de risco, 60% das acima de 40 anos têm a doença. Os fatores que contribuem para a doença são: alterações hormonais, como acontecem na puberdade, gravidez, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal etc. Além disto, a obesidade e o sedentarismo dificultam o retorno do sangue das pernas para o coração.
A prática de exercícios físicos é a melhor maneira de fazer com que o fluxo sangüíneo se normalize. Andar de bicicleta, fazer natação e caminhar são as atividades mais recomendadas, pois nelas o movimento contribui para que a “batata” da perna bombeie o sangue de volta ao coração, evitando o acúmulo do mesmo nos membros.
No dia-a-dia, é aconselhável o uso de saltos altos e de base larga. Subir escadas também é saudável. Os dois contribuem para aumentar a atividade das “batatas” da perna. Quando tiver que ficar muito tempo de pé ou sentado, procure fazer movimentos circulares com os pés, isso faz com que o sangue circule melhor.
Ficar com as pernas para cima (acima do nível do coração), por alguns minutos, facilita o caminho de volta do sangue ao coração. Durante a gravidez ou em casos recomendados por médicos, o uso de meias elásticas também pode prevenir as varizes
Várias doenças no sistema circulatório são causadas pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias. Uma delas é a Arteriopatia Periférica Crônica, que acontece nos membros inferiores, causando diminuição do fluxo sangüíneo nas pernas, evoluindo a um entupimento total, se não for tratada.
Mancar ao caminhar é um sinal da doença, especialmente quando a dor aparece após andar uma determinada distância e cessa minutos após o fim do exercício. A intensidade destas dores varia caso a caso, nos mais graves, o paciente sente desconforto até para conduzir tarefas cotidianas. Podem ocorrer câimbras associadas ao mancar.
O diagnóstico preciso da Arteriopatia Periférica Crônica só pode ser dado pelo médico, pois ele depende de um exame clínico do paciente para observar se há redução na pulsação arterial da região, assim como a diminuição do tônus muscular. A confirmação pode ser dada por uma ultrassonografia, que mede o volume do fluxo sangüíneo.
A prevenção e o tratamento da Arteriopatia Periférica Crônica, são baseados no controle dos principais fatores de risco, como diabetes, tabagismo, idade, hipertensão, colesterol alto, sedentarismo e hereditariedade. Em alguns casos, podem ser necessárias pequenas cirurgias, como angioplastias e a colocação de próteses. Além disso, a prática de atividades físicas regularmente evita o aparecimento ou o progresso da doença.
Ficar muito tempo trabalhando no computador pode causar alguns problemas ao usuário, como tendinites e LER. Recentemente, uma organização britânica de combate à trombose, chamada Lifeblood, alertou para um outro risco: os problemas vasculares. A entidade apresentou o caso de um programador britânico que desenvolveu um coágulo no sangue, devido aos longos turnos de 12h, em que passava imóvel diante do micro. O caso evoluiu até uma embolia pulmonar, que ocorre quando um pedaço do coágulo se solta e através da circulação do sangue, chegou ao pulmão.
O problema foi batizado de “e-trombose”. A trombose geralmente ocorre em pessoas que tenham uma predisposição genética. Apesar disto, qualquer um que fique regularmente muito tempo numa mesma posição, pois isto dificulta a circulação do sangue, ocasionando os coágulos e, consequentemente, a trombose.
Para combater evitar este quadro, são aconselhadas práticas simples, mas bastante eficazes. Os médicos sugerem que estes profissionais ou estudantes que ficam muitas horas diante do computador bebam muita água ao longo do dia, façam pequenos intervalos para caminhar e, movimentem os pés diversas vezes, durante o trabalho.
Além disto, é importante prestar atenção na postura. Os pés devem estar bem apoiados no chão e os joelhos dobrados em um ângulo de 90°. As costas e os cotovelos devem estar sempre apoiados. Para isso, é importante ter cadeiras e mesas apropriadas.
O Exame Vascular deve ser realizado de forma preventiva para um acompanhamento e manutenção desejáveis da saúde, de maneira geral. Como a maior parte dos indivíduos que sofrem de problemas vasculares são mulheres, o Exame também é indicado para quem tem interesse nos cuidados estéticos das pernas.
Durante o Exame Vascular, e conhecendo o histórico geral dos pacientes, os angiologistas são capazes de atentar para certas características evidentes durante o exame físico e o uso do aparelho de ultrassom vascular. O aparelho possibilita ouvir e perceber o funcionamento adequado ou insuficiente do sistema vascular, das válvulas, veias e eventuais refluxos sangüíneos.
Apenas através do Exame Vascular é possível oferecer um diagnóstico seguro sobre os problemas de funcionamento do sistema vascular superficial e profundo. Em determinados casos, também é possível indicar uma maior ou menor pré-disposição do paciente às varizes.
Com a avaliação precoce e as orientações de um especialista é possível diminuir a incidência das varizes e melhorar a saúde e a estética das pernas, mesmo sabendo que as varizes não podem ser totalmente evitadas.
A maior parte dos acidentes vasculares são causados por doenças das artérias carótidas, as quais são responsáveis pelo suprimento sanguíneo cerebral. As artérias carótidas, quando são acometidas pelas popularmente conhecidas placas de gordura, acabam impossibilitando a passagem do sangue e causando isquemias cerebrais, seja pela obstrução (trombose), seja pela liberação de coágulos (embolia).
Desde os anos 50 tornou-se usual a tentativa de impedir os acidentes vasculares através da cirurgia de retirada da placa de gordura das artérias carótidas. Anos mais tarde é que a cirurgia das carótidas foi popularizada no Brasil. Desde então, muitos avanços médicos e tecnológicos ocorreram, proporcionando maior segurança e eficiência na prevenção do derrame cerebral.
O exame de ecografia é hoje o mais indicado capaz de identificar os pacientes potenciais da cirurgia das carótidas. As maiores vantagens do exame são sua capacidade e precisão em demonstrar o grau de estreitamento causado pela placa de gordura. Além disso, a ecografia é um exame não-invasivo aos pacientes.
Quando o médico avalia a necessidade potencial da cirurgia, outros exames de imagem mais objetivos deverão ser indicados.
O Doppler Vascular ou Ultrassom Vascular é um aparelho muito utilizado por cirurgiões vasculares e angiologistas para avaliar o fluxo circulatório dos pacientes e diagnosticar eventuais alterações no fluxo arterial ou venoso.
O aparelho foi amplamente difundido por apresentar uma excelente precisão diagnóstica para algumas disfunções, como é o caso da aferição do pulso distal, por exemplo. O exame é recomendado principalmente para diabéticos, fumantes e pacientes com antecedentes de problemas vasculares.
Além de oferecer precisão diagnóstica ao paciente, muitas vezes em uma única consulta, o exame com o Doppler Vascular tem outras vantagens, como o fato de ser indolor e tratar-se de um equipamento portátil, o que facilita sua disponibilidade de uso e repetição.
No caso da necessidade de uma avaliação clínica mais detalhada, o exame deve ser complementado por outros, a critério do angiologista, no intuito de completar os dados com fotos e registros.
As doenças vasculares constituem uma das poucas áreas da medicina nas quais, a partir das condições do exame, do quadro clínico e da história do paciente, é possível elaborar um diagnóstico rápido e preciso. Dados apontam que mais de 90% dos casos de doenças vasculares periféricas são possíveis de serem diagnosticadas clinicamente.
Na maioria dos casos, quanto mais cedo constatadas, maiores as chances de cura e tratamento das doenças. É o caso, por exemplo, da doença arterial oclusiva, responsável pela maior procura da consulta médica, na qual o exame físico e o histórico do paciente podem resultar em um diagnóstico seguro.
Um exame vascular geral, que sirva de indicador para o eventual grau de comprometimento arterial, pode ser obtido a partir da medida da pressão arterial, da avaliação de alguns fatores de risco - como o tabagismo e queixas de insuficiência arterial - e da dosagem do colesterol total. Os exames mais específicos subdividem as doenças em três categorias: doenças arteriais, doenças venosas e doenças linfáticas.
A escleroterapia, conhecida também por “aplicação”, é um tratamento para remover “vasinhos avermelhados” (cujo nome cinetífico é telangiectasias). Apesar de não apresentarem nenhum sintoma, estes casos provocam um desconforto estético para o paciente. O procedimento é simples, pois os vasinhos são de localização intradémica, com baixo risco à saúde.
A escleroterapia não é um método cirúrgico. Os “vasinhos avermelhados” são tratados com aplicações de medicamentos esclerosantes nas veias prejudicadas. Isto causa uma obstrução do fluxo sangüíneo nestas veias com problemas. Naturalmente, o sangue buscará veias saudáveis para circular. Isto fará com que os “vasinhos” sumam.
O procedimento não exige recuperação. Pode-se ir trabalhar logo após a consulta. O médico deverá indicar qual o período sem sol, atividades físicas (usualmente de 1 dia), assim como o uso de cremes e meia elástica (se necessário).
O líquido escolhido na escleroterapia normalmente é a glicose, pois esta não apresenta contra indicações e tem um alto grau de tolerabilidade. Quando existem muitos “vasinhos”, o tratamento deve ser dividido em várias sessões, para não estressar a área.
Caso os “vasinhos” estejam conectados a veias varicosas, o método não é indicado, já que varizes só podem ser tratadas cirurgicamente.
A cada ano que passa assistimos ao aumento expressivo de casos relacionados à AVE, Acidente Vascular Encefálico. Em países mais desenvolvidos o AVE vem se tornando prioridade na área da saúde pública, principalmente devido á sua alta mortalidade e alto potencial de incapacitação para a vida produtiva das pessoas.
A maior parte dos acidentes vasculares são causados por doenças das artéria carótidas, responsáveis pelo suprimento sanguíneo cerebral. As carótidas acometidas por placas de gordura acabam impossibilitando a circulação sangüínea, podendo causar isquemias cerebrais.
Principalmente na década de 80, no Brasil, é que se tornou popular a cirurgia das artérias carótidas na tentativa de impedir os acidentes vasculares. Desde então, muitos avanços médicos e tecnológicos ocorreram, proporcionando maior segurança e eficiência na prevenção do derrame cerebral.
O exame de ecografia é hoje o mais indicado na tentativa de identificar os pacientes potenciais da cirurgia das carótidas. A maior vantagem do exame é sua capacidade e precisão em demonstrar o grau de estreitamento causado pela placa de gordura.
O ultra-som é um exame diagnóstico que se utiliza do eco de sons inaudíveis que se refletem nos órgãos e tecidos do corpo humano e permitem a visualização destas estruturas. O ultra-som vascular ou doppler vascular faz uso da mesma tecnologia para medir a velocidade do fluxo sanguíneo – venoso e arterial.
O procedimento oferece uma excelente precisão diagnóstica, é indolor e pode ser repetido inúmeras vezes, já que não possui efeito acumulativo ou colateral. Por isto, este exame é amplamente utilizado por angiologistas para obter diagnósticos precisos sobre o estado clínico de problemas vasculares localizados como varizes, “vasinhos vermelhos” etc.
Quando for necessária uma avaliação mais detalhada, o médico pode complementar este exame com o Eco Color Doppler, que completa os dados com registros de fotos de ultra-som. Programas de computador interpretam os caminhos das ondas sonoras para visualizar nosso corpo por dentro.
O ultra-som vascular é recomendado principalmente para diabéticos, fumantes e pacientes com antecedentes de problemas vasculares.
O tratamento para varizes, como em qualquer outro problema de saúde, consiste numa melhora dos hábitos do paciente. O primeiro passo é fugir do sedentarismo. Fazer longas caminhadas e freqüentes, especialmente se vestindo a meia-elástica.
A meia-elástica é uma recomendação médica comum. Mas o seu uso e a escolha do modelo apropriado devem ser recomendados por um angiologista. Ela deve ser vestida pela manhã, antes de levantar da cama e só ser retirada em caso de desconforto.
A atenção à postura deve ser constante: evite longos períodos em pé ou sentado, caso isso seja necessário, faça pequenas pausas para rápidas caminhadas. Durante o dia, sempre que possível, procure erguer as pernas acima do corpo, lembrando que os joelhos completamente esticados ou dobrados causam dificuldade de circulação.
Um outro cuidado é o de manter o olho na balança. Manter o peso ideal reduz as chances do aparecimento de varizes e de complicações para quem já possui a doença. Causa de diversos males e complicador do quadro de varizes, o cigarro deve ser evitado.
Evite carregar pesos acima da capacidade física ao seu peso. Isso aumenta repentinamente a pressão arterial, o que pode agravar o quadro de varizes. Diariamente, procure usar calçados confortáveis e ao dormir, se não tiver problemas de gastrite ou refluxo, deixe os pés elevados uns 15 cm.
Ao final do dia, observe se há inchaço nas pernas. Se houver, existe a necessidade de uma consulta médica. Se ocorrer vermelhidão, dor ou feridas, vá imediatamente ao seu angiologista.
A trombose é uma doença silenciosa. Os coágulos de sangue que se formam nas veias dos membros inferiores muitas vezes são assintomáticos. Quando existem sintomas, os mais comuns são dores, inchaços, aumento da temperatura das pernas, um endurecimento da pele e uma coloração vermelho-escura ou arroxeada. Se um destes sinais aparecerem, procure um angiologista para a indicação do tratamento mais correto.
As causas da doença podem ser várias: grandes períodos de imobilidade, devido à longas internações hospitalares ou pessoas que possuam trabalhos em que fiquem muito tempo sentados. Para as mulheres, as chances de ter a trombose crescem quando fazem tratamento de reposição hormonal ou usam anticoncepcionais. As varizes também podem evoluir para problemas de trombose.
Os fatores de risco são ligados principalmente à predisposição genética. Mas, o fumo, consumo de álcool, colesterol alto, sedentarismo e idade mais avançada também aumentam as chances do desenvolvimento de um quadro de trombose.
Agir preventivamente é sempre melhor. Se você pertence a um grupo de risco, procure um médico, pois existem medidas preventivas para serem tomadas. O cigarro é um grande mal-feitor, ele lesa veias e artérias. O álcool também deve ser consumido com parcimônia. Praticar esportes, principalmente a caminhada, reduz drasticamente o risco de trombose. Para os grupos de risco, após consulta médica, é aconselhado o uso de meias elásticas para estimular a circulação sangüínea.
O tratamento, além do uso preventivo de meias elástica, é baseado em medicamentos que reduzem a viscosidade do sangue, o que diminui as chances de formação de coágulos. Além disto, são indicados massageadores pneumáticos intermitentes.
Seu nome popular é derrame cerebral. Acontece inesperadamente, na maioria dos casos, o que justifica o primeiro substantivo de sua nomenclatura. O AVC pode ser caracterizado como uma lesão em uma das artérias que irrigam o cérebro, danificando a região e possíveis funções do organismo coordenadas por ela.
O Acidente vascular cerebral pode pertencer ao grupo do AVCisquêmico, quando o entupimento dos vasos causa a impossibilidade de circulação sangüínea, ou do AVC hemorrágico, quando alguma artéria se rompe, formando coágulo prejudicial ao tecido cerebral. Os sintomas podem variar dependendo da região cerebral afetada, causando desde perda de movimentos corporais até alterações cognitivas. Além disso, podem aparecer, regredir ou desaparecer abruptamente, muitas vezes deixando seqüelas.
Os fatores de risco mais comuns que colaboram com as chances de um AVC são a hipertensão arterial, doenças cardíacas, taxas altas de gorduras (colesterol e triglicérides), diabetes, distúrbios de coagulação, entre outras. Tratamentos e reabilitação dependerão muito do comprometimento neurológico sofrido por cada paciente.
O cuidado no tratamento dos fatores de risco do Acidente vascular cerebral ainda parece ser a forma mais efetiva de prevenção. Atenção maior deve ser dada aos problemas de hipertensão, colesterol elevado, diabete melito e problemas cardíacos. Obesidade, fumo e sedentarismo também são complicadores potenciais.
O principal motivo gerador de problemas vasculares é o entupimento dos vasos de nosso organismo. Quando ocorre a obstrução das artérias, alguns órgãos de grande importância podem ser atingidos, como o cérebro, o coração e os pulmões, por exemplo.
Nos casos normais, quando a artéria está em perfeito funcionamento, não existe o risco de que o sangue fique retido, pois circula normalmente por todo o vaso. Podemos dizer que o vaso está saudável, portanto, quando não apresenta problemas graves, como excesso de álcool, nicotina, gordura ou pressão alta.
A parede do vaso pode ser machucada devido aos prejuízos decorrentes do fumo e do álcool, o que facilita o acúmulo de gordura nas artérias. O acúmulo cada vez maior dessas placas de gordura impede a passagem normal do sangue, gerando um fluxo cada vez mais lento.
A falta de circulação nos vasos pode levar à problemas vascularescomo a obstrução total da artéria, comprometendo, num curto período de tempo, os tecidos irrigados. O que também pode ocorrer é o entupimento súbito da artéria quando uma placa de gordura ou um coágulo sangüíneo se solta de algum vaso e se fixa na artéria.
Provavelmente se você é mulher já ouviu falar de varizes e microvarizes: são os conhecidos “vasinhos” que aparecem nas pernas em pequenas ou grandes quantidades e casam uma aparência incômoda.
As varizes são veias tortuosas e dilatadas que surgem nas pernas, comprometendo a circulação sanguínea em um nível superficial e impedindo o transporte adequado do sangue que retorna ao coração. Elas podem apresentar comprimentos e diâmetros distintos.
De acordo com especialistas da área, as varizes são um mal que se desenvolvem principalmente nas mulheres, principalmente devido a problemas relacionados aos fatores hormonais.
A procura pela consulta médica pode ser feita tanto nos casos mais simples, relacionados a alterações estéticas (como o aparecimento de pequenas veias de coloração azul escuro), quanto nos casos mais graves, de dilatação das veias acompanhada de inflamação nos pés e tornozelos e sensação de peso nas pernas que piora ao longo do dia.
Nos casos mais graves, caso exista demora na procura pelo diagnóstico e tratamento da doença, as varizes podem causar complicações, formando coágulos, manchas escuras, cicatrizes, deformidades e feridas nas pernas.
Alguns fatores podem contribuir significativamente para o surgimento desse mal, sendo o principal deles os fatores genéticos e hereditários. Outros desencadeantes são a idade (70% dos casos ocorrem em indivíduos acima de 70 anos), o sexo (maior freqüência nas mulheres), o uso de anticoncepcionais e outros hormônios, a gravidez, o tabagismo, o sedentarismo e excesso de peso.
Nem todos sabem a importância da boa circulação sangüínea para uma vida saudável e com menos riscos de doenças vasculares. As carótidasfazem parte desta enorme quantidade de vasos com funções indispensáveis à vida humana.
Cada um de nós possui duas carótidas, uma de cada lado do pescoço, que chegam até a cabeça. As carótidas são artérias fundamentais do corpo humano por terem o papel de conduzirem o sangue até o cérebro.
Quando uma artéria é obstruída o sangue deixa de alimentar as células de determinada região do organismo, podendo trazer sérias complicações. A dificuldade de passagem do sangue é o problema mais grave que pode ocorrer nas carótidas.
A obstrução das artérias causada pelo acúmulo de gorduras no sangue é conhecida como aterosclerose: com o tempo, as placas de gordura, ou ateromas, vão impedindo a passagem de sangue.
Algumas pessoas estão mais propensas à aterosclerose, principalmente as diabéticas, hipertensas, obesas e as que possuem nível de colesterol elevado. Os principais responsáveis pelo entupimento das carótidas são a ingestão de alimentos com alto teor de gordura, o cigarra e a falta de exercícios físicos regulares.
A Escleroterapia é uma técnica eficiente no tratamento e eliminação das microvarizes, os conhecidos vasinhos que incomodam esteticamente - e principalmente - o público feminino.
O tratamento consiste na aplicação seriada, através de sessões, de um líquido concentrado, chamado esclerosante, com agulhas extremamente finas dentro do vasinho indesejado. O líquido injetado provoca alterações na célula do vaso e faz com que ele desapareça.
Mas atenção: trata-se de uma técnica indicada apenas no tratamento dos pequenos vasinhos. Do contrário, quando aplicado em vasos de maior porte, o líquido pode provocar manchas e sérias complicações. O tratamento é simples, mas não garante a solução permanente do problema, já que as microvarizes são caracterizadas como uma doença progressiva.
A Escleroterapia pode ser realizada em qualquer época do ano, não havendo necessidade de repouso ou interrupção das atividades cotidianas. É aconselhável não tomar sol no local das aplicações nos dias seguintes.
O exame Eco - Doppler, também conhecido como ultra-sonografia Doppler, é hoje o mais importante método para se diagnosticar e planejar possíveis cirurgias da maior parte das doenças vasculares. Através dele, os médicos são capazes de avaliar as varizes e fornecer o diagnóstico da trombose venosa.
A tecnologia atual inclui imagem bidimensional de alta resolução e mapeamento de fluxos a cores, capaz de localizar rapidamente os distúrbios de fluxo do paciente.
O Eco - Doppler ganhou uma importância fundamental nos últimos anos, sendo utilizado hoje em praticamente todos os problemas vasculares, tanto venosos quanto arteriais. Tornou-se, portanto, uma prática rotineira indispensável entre angiologistas e cirurgiões vasculares.
O exame de ultra-sonografia é realizado por profissionais especialistas habilitados através de aparelhos específicos. Os médicos manipulam o aparelho, selecionam e interpretam as imagens para fornecerem o laudo ao paciente.
Fonte: Jornal Vascular Brasileiro. Vol.6 nº1. Porto Alegre Mar. 2007
Grande parte dos acidentes vasculares são causados por doenças das artéria carótidas, responsáveis pelo suprimento sanguíneo cerebral. As artéria carótidas, quando acometidas pelas placas de gordura, impossibilitam a passagem do sangue, causando isquemias cerebrais, seja pela obstrução (trombose), seja pela liberação de coágulos (embolia).
Desde os anos 50 tornou-se usual a tentativa de impedir os acidentes vasculares através da cirurgia de retirada da placa de gordura da artéria carótida. Anos mais tarde, a cirurgia das carótidas foi popularizada no Brasil. Desde então, muitos avanços médicos e tecnológicos ocorreram, proporcionando maior segurança e eficiência na prevenção do derrame cerebral.
O exame de ecografia é hoje o mais indicado, capaz de identificar os pacientes potenciais da cirurgia das carótidas. As maiores vantagens do exame são sua capacidade e precisão em demonstrar o grau de estreitamento causado pela placa de gordura.
Além disso, a ecografia é um exame não-invasivo aos pacientes. Quando o médico avalia a necessidade potencial da cirurgia, outros exames de imagem mais objetivos deverão ser indicados.
A trombose venosa profunda ocorre quando há o desenvolvimento de um coágulo de sangue (trombo) dentro do vaso sangüíneo venoso. Muitas vezes, isso ocorre como conseqüência de uma reação inflamatória do vaso, podendo este trombo determinar sua obstrução total ou parcial.
A trombose é relativamente comum entre os indivíduos e é responsável por seqüelas crônicas, como dores nas pernas, edemas, inchaços e ulceras expostas. A trombose venosa profunda também pode ser responsável pela embolia pulmonar, o que torna o quadro do paciente ainda mais grave.
Não é simples identificar as causas da trombose venosa profunda, pois ela pode estar relacionada a vários fatores, como lesões e rupturas na parede interna do vaso, situações nas quais há a diminuição na velocidade da circulação do sangue ou ainda em casos específicos, quando o sangue fica mais suscetível à formação de coágulos espontâneos (gravidez, diabete, tumores, uso de anticoncepcionais etc).
Na maioria das vezes em que a trombose venosa ocorre, ela afeta as extremidades inferiores dos indivíduos, principalmente pernas e coxas. Indivíduos que já possuem casos de embolia pulmonar, trombose, varizes, fraturas, obesidade, quimioterapia, gravidez, dentre outros, estão sob maior risco de desenvolver a trombose venosa profunda.
CARLOS HENRIQUE FERNANDES1, MÁRCIO DA SILVA TINÓS2, LIA MIYAMOTO MEIRELLES3
Os autores relatam um caso de trombose crônica da artéria ulnar causada por traumas repetidos na região hipotenar em decorrência de técnica incorreta de digitação. Enfatizam a importância do correto diagnóstico revisando a literatura e discutindo o diagnóstico e tratamento realizado.
A trombose da artéria ulnar é também conhecida como isquemia digital pós-traumática ou doença por instrumento pneumático. Conn(3), em 1970, chamou de síndrome do martelo hipotenar, em decorrência de seu mecanismo etiológico principal que se caracteriza por traumas repetidos na região hipotenar da mão. É uma lesão vascular rara(15) que se caracteriza por oclusão da artéria ulnar distal. Desde o trabalho de Von Rosen(22), em 1934, até esta década, mais de 150 casos
tinham sido publicados na literatura da língua inglesa. Apresenta sintomatologia variável, desde sinais e sintomas discretos até casos extremos com necrose de dedos.
Descrevemos o caso de uma paciente do sexo feminino com traumas repetitivos na região hipotenar durante a digitação, que desenvolveu trombose da artéria ulnar ao nível do punho.
Paciente do sexo feminino, 33 anos, secretária, não fumante, sem patologias associadas. Compareceu para consulta com história de dores no membro superior esquerdo há seis meses, sem antecedentes de trauma de grande importância, com diagnóstico de lesão por esforço de repetição (LER).
Durante anamnese, a paciente referia parestesia na borda ulnar do antebraço, 4º e 5º dedos da mão esquerda e dor à compressão da região hipotenar. Não referia queixas de intolerância ao frio e não apresentava sinais de cianose. O teste de Allen(11) apresentava-se positivo para obstrução da artéria ulnar. Realizado doppler duplex, que mostrou obstrução da artéria ulnar. A arteriografia (fig. 1) confirmou a interrupção do fluxo da artéria ulnar desde o 1/3 distal do antebraço até a região palmar. Foi optado pela exploração cirúrgica, que evidenciou artéria ulnar trombosada (fig. 2). Realizou-se a ligadura e ressecção de aproximadamente 10cm da artéria ulnar e abertura do canal de Guyon com liberação do nervo ulnar.
O segmento arterial ressecado foi encaminhado para estudo anatomopatológico, que confirmou o diagnóstico clínico e de imagem.
A paciente retornou ao trabalho um mês após a cirurgia e encontra-se assintomática até o momento.
Devido à sua posição superficial ao nível do punho, a artéria ulnar fica vulnerável aos traumas. Portanto, a causa mais comum de trombose é o trauma na região hipotenar. Existe associação com fratura do hamato, arterites(15), uso de bengalas(18), músculos anômalos(2,5,8,11) e até espontâneo(12,16). Nossa paciente, quando digitava no computador, usava a região hipotenar para acionar a tecla “espaço” por repetidas vezes.
Devido ao mecanismo de trauma, existe um predomínio, na literatura, de pacientes do sexo masculino, ao contrário de nossa paciente, que era do sexo feminino.
Aproximadamente 50% dos casos de trombose ulnar não são diagnosticados inicialmente, como em nossa paciente(9,12).
O quadro clínico varia muito de intensidade e forma, podendo apresentar intolerância ao frio, cianose, dor, fenômeno de Raynaud, isquemia dos dedos da mão, sintomas de neuropatia ulnar ou massa em região hipotenar. O teste de Allen(11) deve ser usado para confirmação clínica do diagnóstico. Entre os exames subsidiários existem a termografia e a pletismografia, que porém não confirmam o diagnóstico. A ecografia é um exame não invasivo que permite observar a obstrução arterial. O exame de eleição para confirmar o diagnóstico é a arteriografia(3,4,6,7,13,17,20), que mostra a anatomia vascular do membro superior.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com doença de Raynaud, doença de Buerger (tromboangeíte obliterante), esclerodermia, arterite de células gigantes, síndrome do desfiladeiro torácico, neuropatia ulnar e até mesmo fenômenos tromboembólicos.
O tratamento da trombose da artéria ulnar proposto pela literatura é variado. No tratamento clínico são utilizados ácido acetilsalicílico, trombolíticos e vasodilatadores. O paciente é orientado no sentido de evitar o fator traumático etiológico e, se for o caso, abandonar o tabagismo(19), na maioria das vezes ineficaz. Também podem ser utilizados o bloqueio dos nervos simpáticos, a simpatectomia e, nos casos agudos, a embolectomia com cateter(15).
O tratamento cirúrgico pode ser realizado com ressecção e enxerto de veia utilizando técnica microcirúrgica(12). Porém, a revascularização apresenta possibilidades de complicações e recorrência da sintomatologia por nova trombose(
12,14,21) e formação de pseudo-aneurisma(5). Leriche et al.(10) afirmam que a presença de fibras nervosas simpáticas provoca vasoespasmo distal. Assim a ligadura da artéria e ressecção do segmento trombosado são tecnicamente simples e eficazes para alívio dos sintomas. Como desvantagem, temos a não restauração do fluxo arterial, mas em compensação é isenta de complicações posteriores. Nossa paciente, submetida a esta técnica, retornou ao trabalho, estando assintomática até o momento.
A trombose da artéria ulnar pode ocorrer por técnica errada de digitação e o tratamento com ressecção e ligadura proporciona bom resultado.
Santos CAS, Pitta GBB. Rotura de varizes. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponivel em: http://www.lava.med.br/livro
As alterações morfológicas e fisiológicas impostas ao sistema venoso em insuficiência crônica, promovem repercussões locais e sistêmicas de grande importância clínica e cirúrgica. As complicações mais comuns são o edema, a hiperpigmentação ou a dermite ocre, a eczema de estase, a celulite ou a erisipela, a dermatosclerose e a úlcera de estase.Complicação menos comum mais de proporção dramática são os sangramentos.
Os sangramentos podem se dar em úlceras crônicas nutridas por perfurantes pérveas insuficiente e em varizes de longa duração, podendo ser espontâneo ou traumático. Os sangramentos espontâneos são mais comuns em indivíduos idosos e os traumáticos em indivíduos com maior atividades física.
As alterações tróficas imposta por uma condição crônica da doença, contribui para um adelgaçamento da pele e favorece a dilatação varicosa, determinando um meio bastante favorável a sangramentos e ulcerações. O edema, as hemorragias subcutâneas, a substituição dos tecidos gordurosos por fibrose, a estase venular e capilar, associada a ação lítica dos lisossomos encontrados na parede dos vasos, são os principais responsáveis por estas alterações.
O quadro clínico das roturas de varizes caracterizam, geralmente, por corresponder a um paciente do sexo feminino, meia idade, portadora de varizes de grossos calibres e que exercia uma atividade física por ocasião do sangramento. Alguns desses pacientes são admitidos em unidades de emergência em choque hipovolêmicos e não rara as vezes vão a óbito. O sangramento é indolor e comumente percebidos por outras pessoas.
O tratamento consiste na interrupção do sangramento com uma simples compressão digital no local da hemorragia, seguido da ligadura do vaso sangrante com ponto cutâneo em “X” ou ligadura distal e proximal ao foco hemorrágico do vaso lesado. Caso o paciente encontre-se em choque hipovolêmico, deverá ser realizado suporte de vida avançada, procedendo com manutenção das vias aéreas pérvia, oxigênioterapia e reposição volêmica.
Por se tratar de uma solução de continuidade periférica, facilmente infectável, torna-se necessário garantir a profilaxia antitetânica.
As hemorragias por ruptura de varizes é uma situação simples que deve despertar o médico que atende a esses doentes da necessidade de tratamento definitivo da causa do sangramento.